O Grande Encontro dos Oliveiras

Há 152 anos atrás, em 03 de dezembro de 1862 falecia Henry Gibson, em Recife – Pernambuco.

Temos uma boa noção de quem foram seus descendentes mas quase que um desconhecimento completo sobre a Família Oliveira, de Alexandrina Rosa e que responde com 50% de nossa herança genética inicial. 

Dos irmãos de Alexandrina, temos notícias de descendentes de apenas três deles: Maria Adelaide Oliveira – que casou com Edward Fox e posteriormente foi morar na Inglaterra; Eduardo Cândido de Oliveira – cujo filho Henrique casou com a prima Elvira Magalhães; e Umbelina Joaquina de Oliveira, que casou com José Rodrigues Pereira. 

Sabemos que um sobrinho de Henry – Henry Gibson Greaves, trago da Inglaterra pelo Henry em 1853 casou com uma das irmãs de Alexandrina, a Hermínia Josephina de Oliveira. Como desconhecemos qualquer pessoa com o nome de família Greaves, somos forçados a imaginar que o casal não teve descendência, ou não teve filhos varões que mantivessem a continuidade do nome Greaves. Henry Gibson Greaves faleceu em Recife em 1882 aos 48 anos de idade.

Nos parece que existia na época do casamento de Henry & Alexandrina, uma forte relação de amizade de Henry com os concunhados Edward Fox e José Rodrigues Pereira. Inclusive eles são nominados como testemunhas do casamento de Henry e posteriormente Henry foi padrinho de casamento de Edward e Maria Adelaide.

Mary Gibson, filha de Henry, ainda adolescente foi várias vezes encontrada pelo Censo Inglês como hóspede dos tios Edward & Maria Adelaide, seja na Recife's House ou na Olinda's House, e até mesmo depois de casada com Edward, já com o nome Mary Paton.

José Rodrigues Pereira e Umbelina tiveram um filho, que foi batizado com o nome José e que migrou para o norte do país, onde os seus descendentes se fixaram. Na certidão de batismo de José, vemos que seus padrinhos foram a avó materna Maria da Conceição e Francisco Gomes de Oliveira, tio paterno de Umbelina.

Após o falecimento de Henry e Alexandrina, o Brasil viveu o fim da escravatura – com grandes consequências econômicas para o Pernambuco agrícola de então, a queda do Império com a instalação da República, a Guerra do Paraguai, a instalação do Estado Novo e as duas Grandes Guerras Mundiais. Estes acontecimentos influíram - direta ou indiretamente, na vida de todos.

Se antes existia uma relação próxima entre os filhos de Alexandrina, Maria Adelaide e Umbelina, o tempo se encarregou de afasta-los. Esta primeira geração dos Oliveiras se foram e os filhos destes também. Seus descendentes desenvolveram atividades profissionais e econômicas diferentes das iniciais, contraíram novas amizades, se associaram a outras famílias pelo casamento e muitos migraram para outras partes do Brasil e até mesmo para o exterior. Muitos de nós não nos conhecemos pessoalmente e até mesmo não sabemos sequer da existência de muitos de nossos primos.

Se a vida aproxima, a vida também afasta. É uma realidade.

Com a construção e posterior divulgação deste nosso blog na internet, conseguimos recuperar não apenas importantes informações sobre nossa família (que pareciam estar perdidas), como também fizemos contato com muitos parentes que nem sequer sabíamos que existiam. Foi uma grata surpresa.

Restabelecido o contato virtual, depois de sabermos quem é quem, começou-se a pensar num encontro social onde pudéssemos restabelecer também o contato real. Inicialmente o casal Keith & Sara Maybury - residentes na Inglaterra, manifestaram o desejo de vir ao Brasil para conhecer os parentes brasileiros.

A prima Gracy Andrade, uma paraense radicada no Rio de Janeiro, encampou a ideia de imediato e deu nome ao evento: seria O Grande Encontro dos Oliveiras!

Chegamos a conclusão que esse encontro teria que ocorrer em Recife, onde tinha sido o berço de todos nós: Andrade Ribeiro, Fox e Gibson. Foi em Recife que tinha começado a nossa história em comum. 

Relembrando que foram três irmãs, filhas do casal José Antonio de Oliveira & Maria da Conceição Araújo Oliveira, residentes em Recife, que casaram com três amigos: Alexandrina Rosa casou-se com o inglês Henry Gibson, Maria Adelaide casou com Edward Fox - também inglês, e Umbelina Joaquina casou com o pernambucano José Andrade Ribeiro.

Henry Gibson & Alexandrina fixaram-se em Recife. 

Edward Fox & Maria Adelaide foram para a Inglaterra.

José Andrade Ribeiro & Umbelina migraram para o norte do país, se fixando em Belém do Pará. 

Todos os três casais deixaram descendência.
   
Maria Conceição Araujo Oliveira
Ao lado uma foto da pernambucana Maria da Conceição Araujo Oliveira, cedida por Sara Maybury. Foi ela a nossa ascendente, a nossa avó comum. Seu marido, o português José Antonio de Oliveira faleceu jovem e os três genros não chegaram a conhece-lo, pelo menos não como sogro.

Resolvidos que faríamos o encontro e onde seria, definimos a data. Escolhemos o dia 28 de setembro de 2013.

Por estar mais próximo de Pernambuco que as primas, coube a mim escolher o lugar para sedia-lo. 

Elegi um restaurante famoso de Boa Viagem, o Entre Amigos, também conhecido como Bar do Bode. 

Agora restava divulgar O Grande Encontro e convidar os demais parentes.

Reservamos 40 lugares no restaurante e para nossa grata surpresa tivemos a presença de cerca de 70 parentes, vindos de varias partes do Brasil. 

Os ramos Gibson, Fox e Andrade Ribeiro - descendentes de José Antonio de Oliveira, estiveram bem representados. 

Vieram Gibson de Minas Gerais (Gustavo & Sandra), Ceará (Eduardo com a noiva Laurice e as irmãs Cláudia e Denise), Rio Grande do Norte (João Gibson Neto e sua irmã Rosinha com a mãe ....), e da Paraíba (Magnólia & Edison, com o filho Gustavo Gibson Silva - meu homônimo e as netas Beatriz e Amanda). E os de Pernambuco se fizeram presentes, é claro. 

Os Andrade Ribeiro vieram do Rio de Janeiro (Gracy & Dagoberto) e do Pará (Edmundo com a noiva e sua mãe Graça). 

Os Fox (Keith & Sara) como prometido, vieram da Inglaterra. 

Tivemos a presença de três grandes patriarcas da família: Newton Gibson, Lourdes Gibson e Zenaide Jacques Carneiro Leão. Todos na faixa dos 80 anos.

Na outra extremidade, as senhorinhas Beatriz e Amanda, "teen ages", filhas de Gustavo Gibson Silva. 

Se os três patriarcas foram testemunhas ou protagonistas dos acontecimentos que marcaram nossa história nestes últimos 80 anos, Beatriz e Amanda viverão e/ou testemunharão os acontecimentos desses próximos 80 anos. Portanto, uma linha do tempo medindo 160 anos estiveram presentes ao Encontro. E tenho a certeza que elas, Beatriz e Amanda, contarão para os vindouros, que estiveram presentes neste evento e ali conheceram Gibsons, Foxs e Andrade Ribeiros.


Tivemos as mesas dispostas em duas fileiras:

Primeira fileira de mesas

Segunda fileira das mesas

Todos os que compareceram ao evento gostaram e fizeram questão de manifestar seu contentamento. A seguir, reproduzo um dos comentários sobre o encontro, feito por Eduardo Gibson Martins, de Fortaleza:


"Rapaz, não tenho palavras para lhe saudar e dizer o quanto vc foi efetivo, perseverante e bem sucedido nesse nobre empreendimento.  Faço minhas as palavras de Newton Gibson a seu respeito. Juntar quase 70 Gibsons num encontro furtivo, num simples jantar, foi coisa de gênio, de maestro. Com esse gesto marcante, vc inaugurou uma nova fase da Família Gibson no Brasil. É um embrião para muitas coisas bonitas que virão por aí. Meus cumprimentos efusivos. Sugiro que todos escrevam em seu site/blog falando sobre o GE e declinando a forma de contatá-los. É um divisor de águas na família e não pode deixar de ser alçado à sustentabilidade". 

Na realidade fui apenas um dos que trabalharam neste encontro, mas o sucesso mesmo deveu-se a participação efetiva e a liderança de cada um dos que encamparam a ideia. E, fica a sugestão do Eduardo: que façamos contatos - reais e virtuais, mais vezes.


Portanto, após mais de 100 anos, tivemos um reencontro dos Oliveiras - ramos Gibson, Fox e Rodrigues Pereira. Resgatamos nossos contatos e espero que sejam preservados.

Algumas fotos do evento:



Zenaide Carneiro Leão e Sara Maybury
Tereza Oiticica

Beth Carneiro Leão
Bruno Carneiro Leão



Newton Gibson

                                



             




























Juçara Gibson



























6 comentários:

  1. Minhas congratulações a todos, sou Yoham Gibson, filho de Adriana Gibson, neto de Marcílio Jacques Gibson. Muito prazer, gostaria de conhecer minha famila. Sou musico, ingresso na Universidade Federal do Pará no inicio de 2015, quando completo 18n anos de idade, e pretendo ir estudar musica na Alemanha. Seria possivel recorrer a ajuda de meus familiares? Nao tenho Facebook, mas é possível me encontrar no Instagram (YohGibson), muito obrigado

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    1. Yoham, me informe seu email para que possamos fazer contato. O meu: gustavogibson@gmail.com

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    2. Bela história. Sempre tive curiosidade de saber sobre os casarões de Recife, e este, em particular, muito aguçava o desejo por sua história, por sinal, muito diferente do que até então sabia. Muito agradecido por me proporcionar este prazer de conhecer mais um dos casarões recifenses amigo. Por favor, sabe de alguma obra literária que conte a história das antigas construções de Recife? Por gentileza, informar-me pelo evangelista@yahoo.com.br - Muito agradecido.

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  2. Parabéns, que trabalho, fantástico, e que família bonita!

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  3. Estudei quando garoto, no Colégio São Luis, que é em frente do Palacete Gibson, e atual Baptista da Silva,que sempre me chamou atenção pela sua beleza, imponência e zelo, jardins bem ao estilo Inglês e impecável, a família que sucedeu soube manter com esmero, já foi fotografado por varias revistas de decoração e arquitetura, ele e belo por fora e por dentro, espero como recifense, e brasileiro, que este ícone, da história e arquitetura pernambucana do período dos ingleses,permaneça preservado como se mantem até hoje; Com o tempo, infelizmente, esses casarões tendem a ter outros usos não residenciais, o que descaracteriza o imóvel, vou torcer para que a família continue la por varias gerações!

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  4. Sou dessa família Oliveira, e não sabia desse encontro.
    De qualquer modo, queria muito ver as fotos, mas aqui para mim aparece apenas um triângulo com um ponto de interrogação.

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